segunda-feira, 9 de maio de 2011

Exposição e palestra - Museus e Memória: Formas e Cores em Mima - 9ª Semana Nacional de Museus


Almira Ragonesi Bruno, conhecida como MIMA, nasceu em São Carlos em 12 de dezembro de 1920. Estudou no Instituto de Educação Dr. Álvaro Guião, onde se formou professora normalista. Em 1950 ingressou no magistério secundário por concurso de títulos e provas, escolhendo vaga no mesmo Instituto de Educação, onde lecionou Desenho e Educação Artística até se aposentar.
No período de 1953 a 1959 lecionou Desenho Artístico na Escola de Belas Artes D. Pedro II de São Carlos e de 1957 a 1971 foi diretora e professora da Escolinha de Arte Infantil de São Carlos, que recebeu vários prêmios em Salões de Artes Infantis como o Primeiro Prêmio no Concurso Internacional de Arte Infantil em Tóquio (Japão) e 16 menções honrosas em 1966. Nesse concurso participaram 42 países, com um total de 12.000 pinturas infantis.
Em 1967, Mima casou-se com o também artista e professor de artes Julio Bruno, segundo amigos do casal “eram almas gêmeas no mundo da arte”.
A professora Almira Ragonesi Bruno recebeu da Folha de São Paulo e Secretaria da Educação, Diploma de honra ao Mérito Educacional em 1969. Em resposta ao convite do professor Antonio D'Ávila, Secretário da Educação, proferiu palestras na Escola Caetano de Campos sobre Arte Infantil para professores primários da Capital. Nessa época trabalhou, a convite da Folha de São Paulo, na Cidade da Criança, em Bauru, como professora de pintura infantil, e na cidade de São Paulo.
A artista era autodidata e suas obras compuseram muitas exposições individuais e coletivas. Dedicou-se a variadas técnicas pictóricas, porém sua especialidade foram os retratos que somaram mais de 100 retratados. Segundo especialistas no assunto, a arte de Mima era inconfundível. Suas baianas em passos de dança, os casarios coloniais, as marinas, a cores de suas favelas e os seus retratos tornavam a obra da artista singular. Marcada pela presença forte das cores e com traços geométricos definidos a artista deixou marcas na cidade de seu cunho modernista.

Algumas de suas obras ainda podem ser apreciadas pelo público em São Carlos: alguns retratos na Biblioteca Central da Escola de Engenharia; as Vias Sacras das igrejas Catedral e Nossa Senhora do Carmo; a obra “Garimpo” na sede do Banco do Brasil e um conjunto de oito obras no acervo do Museu de São Carlos.

Faleceu em São Carlos em 27 de março de 1997.

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